quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Rachaduras na parede

As palavras dançam na minha mente junto com o sorriso sarcástico que recebi. NÃO, não... N-Ã-O, como três letras podem ter o poder de me massacrar de uma forma única, esvair minhas esperanças e crescer uma dor da alma. É como um fardo do qual eu não esperava, é como um fim antes de tudo.
Lágrimas surgem nos meus olhos com a mesma facilidade que me negaram uma chance, talvez a única chance, de provar que eu posso amar de verdade. Busco sentido nos sorrisos que foram dados, nas palavras proferidas e na felicidade que me preenchia de vida.
A primeira coisa que me lembro é da sua personalidade que me encantou rapidamente, as sua singularidades e o jeito fácil de viver a vida, como se visse beleza até nas pequenas rachaduras da parede. Nesse momento sinto falta até das coisas irritantes que você fazia.
Me prendo nas lembranças para não enlouquecer, a dor será passageira, o silencio logo se transformará em barulho e meu coração curará as feridas. A esperança de transformar a dor em aprendizagem, por hora, é algo distante. Nesse momento a única coisa que vou prometer é não derramar mais lágrimas para quem, um dia, desfez do meu amor e do meu coração que lhe foi entregue em uma bandeja de prata.