quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Martini e sofá preto

"Que droga, será que ele não vem? Eu só vim nessa droga de festa porque ele me disse que viria. Que ideia estúpida, e ainda por cima me arrumei toda. Droga!" penso enquanto tomo mais um gole de Martini "Bom, talvez eu não esteja achando-o, afinal tem muita gente pra uma festa em um apartamento, inclusive muita gente bêbada."

- É a ultima volta - prometi em voz baixa 


- Não acredito que vim nessa festa idiota, que ódio! - praguejo, ao pular a janela para ir ao terraço. - Espero não encontrar nenhum idiota bêbado lá em cima - Alegro-me ao constatar que será só eu naquele lugar. "Talvez não tenha ninguém em estado suficiente para pular a janela e subir as escadas", sorrio com o pensamento e acendo meu cigarro. É uma bela vista da cidade, daqui posso imaginar o caos lá de baixo. "Acho que preciso sentar" penso enquanto termino meu cigarro e me preparo para ir rumo ao sofá que está por ali

- É uma bela vista - uma voz aveludada e um pouco rouca atingi meus ouvidos, banhando-me, fazendo meu corpo reagir de imediato e viro-me para encontrar o dono da voz com um belo sorriso.

- James - falo e correspondendo o sorriso

- Sabe... - ele continua enquanto caminha na minha direção tacando a bituca do seu cigarro no chão e pisando nela, ele parece um felino pronto para dar o bote - Adoro como a fumaça sai da sua boca ou como sorri, mas gosto mais ainda quando pronuncia meu nome. Alias gosto dos seus lábios, eu podia beijar você por horas a fio. - quando ele termina a frase está bem próximo, tão próximo que posso sentir seu cheiro e seu hálito ambos deliciosos - O que acha de me conceder esse desejo

- Acredito que posso conceder esse pequeno desejo - sorrio maliciosa enquanto puxo James em minha direção e passo meus braços por seu pescoço. O beijo é quente, e sinto gosto de Martini, cigarro e menta, é muito gostoso. Posso sentir sua mão passear por minha cintura e a outra puxar de leve meu cabelo, gemo em resposta. 

- Quer ir para outro lugar? - ele sussurra no meu ouvido.

- Não... -respondo - Quero aqui mesmo - e completo assim que ele me me olha, questionando minha resposta. E sorrindo ele me beija mais uma vez e eu o puxo pelo colarinho até o sofá.

domingo, 21 de abril de 2013

Wisk, duplo e sem gelo.


Não conseguia me concentrar no trabalho, eu me sentia um idiota, de inicio eu poderia me considerar um homem normal, 39 anos, bem sucedido e um solteirão nato daqueles que nenhum rabo de saia prende. Bem isso era antes, agora sou só um pobre ser que vive a mercê dos desejos de uma garotinha de 22 aninhos.
Nosso primeiro encontro foi por acaso, efeito de alguns drinks, mas isso mudou quando ela gemeu meu nome na cama, agora nossos encontros são mais rotineiros e me fazem perder a cabeça.
Hoje vou jantar com os pais dela, amigos de longa data, mal posso esperar pra fugir com minha ninfeta para um quarto ou um canto escuro e sentir aquele corpo delicioso.
...
O wisk desce ríspido pela minha garganta, caminho pela sala espaçosa e tento participar das conversas a minha volto, mas o que desejo é a chegada do motivo dos meus pensamentos perversos, e isso logo é saciado, sinto a presença dela assim que a vejo e o desejo me percorre, como um adolescente.
A única brecha que demos são as trocas de olhares, olhares que carregam o semblante de amantes e cúmplices, mas que passa desapercebido pelos convidados.
Durante o jantar a tensão entre nós dois deixa o ar denso, pelo menos para mim, mas meu autocontrole quase vai por água baixo quando sinto mãos delicadas tocar minhas coxas e alisar o volume, que implora por uma saída e para ser aliviado. Seus carinhos me deixam louco e a única coisa que tenho que fazer é me controlar para não agarrar minha ninfeta e fode-la em cima da mesa, olho para seu rosto e percebo seu sorriso sarcástico passeando por aqueles lábios deliciosos.
...
Para meu alivio o jantar acabou e estou esperando ansioso no meu carro minha menina, já posso imaginar o vai-e-vem dos quadris dela, sua intimidade recebendo investidas do meu membro, o sabor delicioso dos seus peitos, a maciez da pele branca e a boca carnuda gemendo insanidades.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Rachaduras na parede

As palavras dançam na minha mente junto com o sorriso sarcástico que recebi. NÃO, não... N-Ã-O, como três letras podem ter o poder de me massacrar de uma forma única, esvair minhas esperanças e crescer uma dor da alma. É como um fardo do qual eu não esperava, é como um fim antes de tudo.
Lágrimas surgem nos meus olhos com a mesma facilidade que me negaram uma chance, talvez a única chance, de provar que eu posso amar de verdade. Busco sentido nos sorrisos que foram dados, nas palavras proferidas e na felicidade que me preenchia de vida.
A primeira coisa que me lembro é da sua personalidade que me encantou rapidamente, as sua singularidades e o jeito fácil de viver a vida, como se visse beleza até nas pequenas rachaduras da parede. Nesse momento sinto falta até das coisas irritantes que você fazia.
Me prendo nas lembranças para não enlouquecer, a dor será passageira, o silencio logo se transformará em barulho e meu coração curará as feridas. A esperança de transformar a dor em aprendizagem, por hora, é algo distante. Nesse momento a única coisa que vou prometer é não derramar mais lágrimas para quem, um dia, desfez do meu amor e do meu coração que lhe foi entregue em uma bandeja de prata.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Mesa 7

Eu o vi passar rapidamente por entre as pessoas com passos elegantes e com um sorriso nos lábios, e que lábios só de pensar os beijos que ele me dava sinto vontade de suspirar. Ele vem rapidamente para minha mesa, quer dizer a mesa que estou com meus pais e alguns amigos dele, depois de um rápido aceno a cadeira ao meu lado é ocupado pelo atual motivo de muito dos meus devaneios. 
Pode parecer inacreditavel, até para mim, mas sim eu dormi e ainda estou dormindo com esse cara delicioso ao meu lado que é 17 anos mais velho que eu e ainda por cima "amigo" da família, mas não me importo muito com esses pensamentos, a única coisa que tenho que fazer é me concentrar em não gemer enquanto mãos atrevidas passeiam pelas minhas coxas subindo meu vestido. 

Estou alheia ao que acontece em volta de mim, quando a mão sai da minha perna e encosta levemente nas minhas costas e sinto o hálito quente perto do meu ouvido sussurrando:
- Me encontra lá fora em 10 minutos. - olho rapidamente para os rostos na mesa com medo de alguns deles tivessem flagrado nosso segundo de intimidade, mas nenhum presta atenção em nós.

Ele sai rapidamente da mesa, e eu me levanto falando para minha mãe que vou ao banheiro, dou um volta pelo salão e encontro uma pequena passagem que vai até um corredor, caminho devagar até lá, rapidamente sou empurrada contra a parede por uma sombra grande e forte. É ele, gemo assim que seu corpo se encontra com o meu, ele passa as mãos por minha coxa direita e ergue ela para ficar em volta da sua cintura, enquanto ele me beija e depois passa a beijar meu pescoço e ombro. A única coisa que posso fazer é me mover ao encontro dele. Ele abre a calça e se enterra dentro do meu corpo, gememos juntos. Ele começa a se movimentar rapidamente, eu mordo seu pescoço e puxo o cabelo dele. Nos entregamos ao prazer e depois esperamos nossas respirações e saimos do nosso momento mágico. Um ultimo beijo e eu voltaria a realidade, onde sou apenas uma criança de 22 anos que vive a sombra da sua familia em festas caretas, mas que se transforma entre quatro paredes, ou em um corredor escuro.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Uma tragada

O vento acaricia gentilmente o rosto dela enquanto observa a fumaça do cigarro dissipar-se no ar. Através da varanda é possível vê-lo deitado displicentemente na cama, ressonando, ele tem costas coberta por alguns arranhões, ombros largos e pele clarinha. 
A garota havia prometido que não sairia com desconhecidos, mas  a promessa fora quebrada com maestria, com certeza essa é a palavra. O sorriso passeia por seus lábios ao lembrar da noite passada, a vermelhidão nas coxas, a bochecha rosada e o ar tranquilo que ela transmite pode facilmente explicar as sensações que experimentou.
Seus olhos passam pelo quarto e se volta para paisagem, observa as folhas das arvores dançarem e pensa sobre sua vida, talvez esse seja o momento que uma vida calma, com alguem do seu lado e de apaixona-se, como os outros sempre sonharam para ela. Outra tragada.
- Importa-se em dividi-lo comigo? - a voz rouca pronuncia a frase com delicadeza. Ela sorri e aponta o cigarro, dedos longos o seguram, ela quase geme com o toque e o olhar malicioso que ele carrega.
-Importa-se em ir a cama comigo?
A atmosfera do lugar é tomada por gemidos, corpos em atritos, sussuros e respiração entrecortada. Os pensamentos de querer agradar aos outros são facilmente esquecido quando ela recebe beijos nos seios e caricias em sua intimidade, o toque do homem a faz arquejar as costas pedindo por mais, para que possa saciar o desejo e leva-la ao ecstasy.