quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Rachaduras na parede

As palavras dançam na minha mente junto com o sorriso sarcástico que recebi. NÃO, não... N-Ã-O, como três letras podem ter o poder de me massacrar de uma forma única, esvair minhas esperanças e crescer uma dor da alma. É como um fardo do qual eu não esperava, é como um fim antes de tudo.
Lágrimas surgem nos meus olhos com a mesma facilidade que me negaram uma chance, talvez a única chance, de provar que eu posso amar de verdade. Busco sentido nos sorrisos que foram dados, nas palavras proferidas e na felicidade que me preenchia de vida.
A primeira coisa que me lembro é da sua personalidade que me encantou rapidamente, as sua singularidades e o jeito fácil de viver a vida, como se visse beleza até nas pequenas rachaduras da parede. Nesse momento sinto falta até das coisas irritantes que você fazia.
Me prendo nas lembranças para não enlouquecer, a dor será passageira, o silencio logo se transformará em barulho e meu coração curará as feridas. A esperança de transformar a dor em aprendizagem, por hora, é algo distante. Nesse momento a única coisa que vou prometer é não derramar mais lágrimas para quem, um dia, desfez do meu amor e do meu coração que lhe foi entregue em uma bandeja de prata.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Mesa 7

Eu o vi passar rapidamente por entre as pessoas com passos elegantes e com um sorriso nos lábios, e que lábios só de pensar os beijos que ele me dava sinto vontade de suspirar. Ele vem rapidamente para minha mesa, quer dizer a mesa que estou com meus pais e alguns amigos dele, depois de um rápido aceno a cadeira ao meu lado é ocupado pelo atual motivo de muito dos meus devaneios. 
Pode parecer inacreditavel, até para mim, mas sim eu dormi e ainda estou dormindo com esse cara delicioso ao meu lado que é 17 anos mais velho que eu e ainda por cima "amigo" da família, mas não me importo muito com esses pensamentos, a única coisa que tenho que fazer é me concentrar em não gemer enquanto mãos atrevidas passeiam pelas minhas coxas subindo meu vestido. 

Estou alheia ao que acontece em volta de mim, quando a mão sai da minha perna e encosta levemente nas minhas costas e sinto o hálito quente perto do meu ouvido sussurrando:
- Me encontra lá fora em 10 minutos. - olho rapidamente para os rostos na mesa com medo de alguns deles tivessem flagrado nosso segundo de intimidade, mas nenhum presta atenção em nós.

Ele sai rapidamente da mesa, e eu me levanto falando para minha mãe que vou ao banheiro, dou um volta pelo salão e encontro uma pequena passagem que vai até um corredor, caminho devagar até lá, rapidamente sou empurrada contra a parede por uma sombra grande e forte. É ele, gemo assim que seu corpo se encontra com o meu, ele passa as mãos por minha coxa direita e ergue ela para ficar em volta da sua cintura, enquanto ele me beija e depois passa a beijar meu pescoço e ombro. A única coisa que posso fazer é me mover ao encontro dele. Ele abre a calça e se enterra dentro do meu corpo, gememos juntos. Ele começa a se movimentar rapidamente, eu mordo seu pescoço e puxo o cabelo dele. Nos entregamos ao prazer e depois esperamos nossas respirações e saimos do nosso momento mágico. Um ultimo beijo e eu voltaria a realidade, onde sou apenas uma criança de 22 anos que vive a sombra da sua familia em festas caretas, mas que se transforma entre quatro paredes, ou em um corredor escuro.